
Acadêmicos

CADEIRA 1 GRACILIANO RAMOS
Márcio Santos Nepomuceno
Márcio Santos Nepomuceno, nascido em 1976 no Rio de Janeiro, é um autor que, apesar de enfrentar a privação de liberdade há 29 anos, tem se destacado na produção literária. Atualmente custodiado na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), ele foi membro da Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC) e é reconhecido pela sua resiliência e criatividade.
Produção Literária
Márcio já publicou três livros, com um quarto em desenvolvimento:
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"O Direito Penal do Inimigo/Marcinho VP/ Verdades e Posições" (2017), que explora temas do direito penal sob uma perspectiva pessoal e crítica.
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"Preso de Guerra" (2022), uma reflexão sobre o encarceramento e suas implicações sociais e jurídicas.
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"Execução Penal Banal Comentada" (2023), coautorado com Dr. Luciano Tourinho e Dra. Paloma Gurgel, oferece uma análise detalhada da execução penal.
Colaborações
As duas primeiras obras de Márcio contaram com a colaboração do jornalista Renato Homem, que transcreveu o conteúdo das cartas enviadas pelo autor. Para o terceiro livro, ele contou com o auxílio de renomados especialistas jurídicos.
Próximo Projeto
Atualmente, Márcio está finalizando seu quarto livro, com a colaboração do ex-desembargador Dr. Siro Darlan, com lançamento previsto para 2025.
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CADEIRA 2
NELSON MANDELA
Sagat B
Sagat B, nascido e criado no Morro da Mangueira, Rio de Janeiro, é um rapper e escritor que transformou sua vida após uma infância marcada por adversidades e uma adolescência envolvida com o narcotráfico. Aos 22 anos, foi preso pela primeira vez, iniciando um período de 12 anos de reclusão em três condenações distintas.
Produção Literária
Sagat B iniciou sua jornada literária durante seu processo de autotransformação, denominado autorresocialização, e já publicou dois livros:
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"O Bandido Que Virou Artista" (2022), uma autobiografia onde o autor compartilha de forma sincera sua trajetória, detalhando a transição da vida no crime para a arte e a literatura.
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"Amor Substantivo Feminino" (2024), seu primeiro romance, que segue a mesma trajetória de transformação e reflexão, marcando sua evolução como escritor.
Impacto e Futuro
Sua obra reflete sua jornada pessoal de transformação, servindo como exemplo de resiliência. Sagat B continua a contribuir para a literatura com narrativas significativas, tendo um impacto profundo em leitores e em sua comunidade.
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CADEIRA 3
MARTIN LUTHER KING
Edilberto José S.
Edilberto José Soares, conhecido como o Poeta Edilberto, nasceu no sertão paraibano como o sétimo filho de Maria Luiz Soares e José Joaquim da Silva. Após perder seu pai aos quatro meses e ser separado de sua mãe, foi registrado como natural de Nova Cruz - RN. Desde jovem, envolveu-se com a criminalidade, o que resultou em uma prisão de vinte anos.
Produção Literária
Edilberto participou de diversas antologias e publicou seu próprio trabalho literário:
Antologias
"Soltando A Palavra" (2000), em mais uma antologia que consolidou seu compromisso com a poesia e expressão literária.
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"A Poesia em Liberdade" (1999), onde compartilhou poemas com outros autores, promovendo a liberdade através da poesia.
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Livro Solo de Poesia:
[Título do Livro Solo]
[Descrição breve do livro solo, incluindo temas abordados, recepção crítica, e o impacto que teve na carreira de Edilberto.
Contribuições e Impacto
A trajetória de Edilberto é um reflexo de transformação pessoal e descoberta através da literatura.
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CADEIRA 4
JOSÉ PEPE MUJICA
Emerson Franco
Emerson Franco é um influente morador de Santa Maria Sul, periferia de Brasília/DF, e pai dedicado de Catharina e Manuela. Com um compromisso sólido com a educação e a cultura, ele atua como professor de Sociologia na Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e como Educador Social. Além disso, é idealizador do projeto "Papo Franco", que impactou mais de 40 mil estudantes em mais de 400 escolas públicas do DF e do Entorno ao longo de quase oito anos.
Produção Literária
Emerson é autor de dois livros que refletem sua experiência e visão de mundo:
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"O Valor de uma Lágrima"
Um relato autobiográfico que compartilha momentos de superação e auto-descoberta na vida de Emerson. -
"Francas Palavras" (Março de 2023)
Uma coletânea de poesias publicada pela AVÁ Editora, que revela a sensibilidade e visão poética de Emerson, abordando diversos temas com profundidade e emoção.
Contribuições e Impacto
Sua dedicação à educação, à cultura e ao desenvolvimento social é amplamente reconhecida, especialmente através do projeto "Papo Franco". Emerson também se destacou como assessor parlamentar na Câmara Legislativa do DF entre 2019 e 2022.
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CADEIRA 5
MARQUÊS DE SADE
Paulo Milhan
Paulo Milhan é um exemplo inspirador de transformação e resiliência. Encontrou na literatura uma forma de abandonar a vida do crime e se reinventar como escritor, mesmo enquanto estava encarcerado. Sua jornada é marcada por um profundo compromisso com a escrita e um impacto significativo na cultura e na educação.
Produção Literária
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"Tarde Demais para Acreditar no Amor"
Publicado pela Editora Milhan, este livro explora temas de amor e redenção, refletindo o processo de transformação pessoal de Paulo Milhan. -
"Amante Virtual"
Também publicado pela Editora Milhan, este livro aborda as complexidades das relações contemporâneas e a influência da tecnologia.
Outras obras incluem
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"Rosa Amarela Como Prova de um Amor"
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"Um Assassino na Madrugada"
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"Entre o Riso e a Dor"
Atividades Culturais e Projetos
Além de sua carreira como escritor, Paulo Milhan atua como palestrante, roteirista e está envolvido em seus próprios projetos culturais. Um de seus projetos notáveis é o curta-metragem "Prelúdio da Liberdade", produzido de forma independente. O curta-metragem oferece uma visão impactante de sua vida no crime, o envolvimento com o tráfico de drogas, e seu encontro com a literatura dentro do presídio.
Contribuições e Impacto
A trajetória de Paulo Milhan é uma poderosa demonstração de como a literatura pode servir como um meio de transformação pessoal e social. Seus livros e projetos culturais não só refletem sua experiência e visão, mas também inspiram e educam outros.
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CADEIRA 6
CERVANTES
André Borges
André Borges é um renomado escritor, jornalista e militante, cuja trajetória é marcada pela luta política e social. Após cumprir 21 anos de prisão, André foi libertado durante a anistia de 1979, ascendeu à condição de preso político e contribuiu para a fundação do PDT (Partido Democrático Trabalhista), participando ativamente dos dois governos de Leonel Brizola.
Além de sua atuação política, André foi um dos fundadores do Sindicato dos Escritores do Brasil, ao lado de personalidades como Darcy Ribeiro e José Louzeiro, além de outros escritores e intelectuais influentes.
Produção Literária
André Borges é autor de dois livros que refletem momentos significativos de sua vida e do contexto político brasileiro:
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"A Fuga"
Neste livro, André rememora a fuga cinematográfica da Penitenciária Lemos Brito, ocorrida em 1968, em que ele e nove companheiros se evadiram, um marco importante na luta armada no Brasil. -
"A Viagem"
Publicado para marcar o cinquentenário da fuga, "A Viagem" explora as consequências desse ato e reflete sobre o impacto do Ato Institucional nº 5, imposto pela ditadura militar em 1968.
Contribuições e Impacto
A trajetória de André Borges é um testemunho de resistência e compromisso com a justiça social. Seus livros oferecem uma visão profunda sobre momentos críticos da história política brasileira e sua experiência como militante e prisioneiro político. Sua atuação na fundação do Sindicato dos Escritores do Brasil e sua contribuição para a literatura e política consolidam seu legado.
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CADEIRA 7
OSCAR WILDE
Indianarae Alves Siqueira
Indianarae Siqueira, de 53 anos, é uma traviarca e transativista natural de Paranaguá, Paraná, e residente no Rio de Janeiro. Com uma trajetória dedicada à luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+, ela é a presidente fundadora do Grupo Filadélfia da Baixada Santista (1995) e uma das principais construtoras da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e da RedeTrans Brasil (2009). Atualmente, é presidente do Grupo Transrevolução (2009) e da Rebraca LGBTQIAPN+ (2020), uma rede brasileira de casas de acolhimento para a comunidade LGBTQIAPN+.
Além disso, Indianarae idealizou importantes projetos, como o pré-vestibular PreparaNem (2015), a CasaNem (2016) e a Renegra (2021). Ela também atua como deputade federal suplente e conselheire LGBTQIAPN+ do estado do Rio de Janeiro, cargo para o qual foi reeleita para o biênio 2024/2026. Sua identidade é multifacetada, sendo ela pute, vegane com mais de 20 anos de prática, ateísta, indígena de descendência M'bya Guarani, transvestigênero e não binárie, naturista e antifascista.
Produção Literária
Indianarae é uma voz relevante na literatura LGBTQIAPN+, explorando temas de resistência, identidade e direitos humanos. Sua escrita reflete suas vivências e lutas, contribuindo significativamente para a visibilidade e valorização da diversidade.
Contribuições e Impacto
A trajetória de Indianarae Siqueira é um poderoso testemunho da luta pelos direitos das pessoas trans e da população LGBTQIAPN+. Seu trabalho não apenas promove a inclusão e o respeito, mas também inspira uma transformação social significativa, desafiando preconceitos e criando um espaço mais justo e igualitário.
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CADEIRA 8
JORGE AMADO
Waldir da Silva Costa
Waldir da Silva Costa nasceu em 1962. Sua trajetória no sistema prisional começou em 1984, quando foi preso pela primeira vez, passando dez anos e um dia no presídio Esmeraldino Bandeira, localizado no Complexo Penitenciário de Gericinó. Sua segunda prisão ocorreu em 1994, resultando em vinte e um anos em regime fechado, durante os quais passou por várias unidades prisionais, incluindo Bangu III, Bangu IV e Bangu V. No Complexo Penitenciário Frei Caneca, cumpriu pena no extinto Milton Dias Moreira.
Durante sua estadia no Bangu III, Waldir conheceu Flávio Cardoso, neto de Jean Jules Josephe Guilaune, e, através dele, aprendeu a arte da pintura em "óleo sobre tela". Em 2004, chegou ao Milton Dias Moreira, onde integrou um coletivo de presos que participou da oficina de teatro promovida pelo Projeto Jurisdrama-UFRJ. Foi nessa unidade que começou a redigir "pensamentos, reflexões e poesias", que culminaram em seu livro "Aves de Rapina", lançado em 2006.
Produção Literária
"Aves de Rapina" é a obra mais conhecida de Waldir, na qual ele compartilha suas experiências e reflexões sobre a vida no cárcere. Sua escrita é marcada pela busca de liberdade e compreensão, abordando temas de ressocialização e a importância da arte.
Contribuições e Impacto
Após sua libertação, Waldir manteve-se vinculado ao Jurisdrama, onde se tornou protagonista do documentário “Artistas nunca serão prisioneiros”, que destaca a arte como um poderoso instrumento de ressocialização. Além disso, ministra palestras em escolas e universidades sobre o sistema prisional e a arte, contribuindo para a conscientização e discussão sobre esses temas. Em 2025, ele pretende lançar um novo livro, continuando sua missão de promover a transformação social.
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CADEIRA 9
LUÍS DE CAMÕES
Ancelmo Ramos
Ancelmo Ramos é uma figura reconhecida por sua trajetória como empresário e administrador de empresas
Produção Literária
Em sua obra "O Escolhido Não Tem Escolha – A Prisão", Ancelmo compartilha sua experiência pessoal durante 90 dias de encarceramento. A obra autobiográfica reflete sobre os desafios e limitações que ele enfrentou, mostrando como a perda da liberdade foi parte de um caminho necessário para cumprir sua missão de vida.
Contribuições e Impacto
Além de sua atuação como palestrante inspirador e músico talentoso, seus valores cristãos permeiam todas as áreas de sua vida.
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CADEIRA 10
PADRE ANTÔNIO V.
Nesseilde Sousa de Andrade
Nesseilde Sousa de Andrade nasceu em 1980, no seringal São João do Breu, na área ribeirinha do município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre. Licenciado em História pela Universidade Federal do Acre, ele possui experiência como professor, mas atualmente atua como representante comercial.
Produção Literária
Nesseilde não leu um livro completo até os 26 anos, quando foi preso pela primeira vez e teve acesso a uma escola dentro do presídio. Nesse ambiente, ele leu seu primeiro livro, "Iaiá Garcia", de Machado de Assis, e a partir daí se dedicou à leitura, esgotando as obras do autor disponíveis na biblioteca da penitenciária. Após ser liberado, ele ingressou no curso de História na Ufac em 2011, mas foi preso novamente em 2013. Durante sua segunda passagem pelo presídio, leu a Bíblia duas vezes e teve uma experiência de transformação espiritual, que relatou em seu livro "Desvendado por Deus".
Contribuições e Impacto
O livro, lançado em agosto de 2022, traz um relato detalhado de seu envolvimento com o tráfico de drogas, sua vida na prisão e sua conversão a Cristo. Nesseilde explora a cruel realidade por trás das grades, os dramas emocionais enfrentados e a relação de poder entre os presos, ao mesmo tempo em que reflete sobre a importância do conhecimento e da fé como ferramentas de transformação social.
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CADEIRA 11 ESPERANÇA GARCIA
Amanda Karoline
Amanda Karoline é uma cidadã potiguar e cristã que se tornou um símbolo de resistência e uma voz importante na luta contra a violência doméstica e familiar. Atualmente, Amanda cumpre pena no regime semiaberto, após ser detida em 13 de dezembro de 2016, acusada de ser a mandante da morte de seu ex-marido. Sua decisão extrema foi precedida por anos de abusos e sofrimento.
Em 28 de novembro de 2018, Amanda foi conduzida a júri popular e condenada a 20 anos de prisão no regime fechado. No dia seguinte à sua condenação, surgiu a ideia de escrever um livro sobre sua experiência, com a colaboração da policial penal Joana Coelho, do Dr. Fábio Ataíde e da Dra. Guiomar Veras. A obra, intitulada "Tambaba, A Prisão", foi publicada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
Produção Literária
"Tambaba, A Prisão"
Publicado em 2018, o livro retrata com sinceridade e coragem a trajetória de Amanda Karoline, abordando os abusos e a violência vividos ao longo de sua vida. A obra é um apelo à conscientização e combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres, proporcionando um relato profundo e impactante.
Contribuições e Impacto
A história de Amanda Karoline destaca a urgência de enfrentar e erradicar a violência doméstica e familiar. Sua obra serve não apenas como um relato pessoal, mas como uma ferramenta crucial para a sensibilização e a luta por justiça e proteção para as mulheres em situações semelhantes.
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CADEIRA 12
LÉLIA GONZALEZ
Maria Auxiliadora Santos
Maria Auxiliadora Santos nasceu em Salvador, Bahia, em 1952. Quando ainda era criança, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua mãe e seus três irmãos menores.
Infância e Educação
Maria passou parte da infância em um colégio interno, onde, apesar de ter acesso a uma boa educação, sentia-se solitária e distante do calor familiar.
Juventude e Responsabilidades
Aos 14 anos, começou a trabalhar para ajudar no orçamento doméstico, empregando-se em uma fábrica de roupas íntimas. A perda precoce da mãe durante o trabalho a forçou a assumir responsabilidades pesadas, tornando-se o arrimo da família.
Sua Família
Maria Auxiliadora é mãe de quatro filhos (Silvana, Silva, Márcio e Cristiano) e avó de 11 netos, além de ser bisavó de cinco bisnetos.
Envolvimento com o Tráfico
As dificuldades financeiras a levaram ao envolvimento com a criminalidade, começando pela venda de "cheirinho da loló" e, posteriormente, maconha. Sua trajetória criminosa escalou para furtos e assaltos a joalherias, onde angariou bens valiosos.
Sua Prisão
Depois de várias passagens pela prisão, em 1993, Maria Auxiliadora foi encarcerada no presídio Talavera Bruce, em Bangu/RJ. Durante seu tempo lá, ela aceitou a Jesus e se batizou. Em 1999, foi liberada após cumprir uma pena de seis anos.
Transformação
Hoje, após essa trajetória de erros e escolhas equivocadas, Maria Auxiliadora é uma mulher transformada que serve a Cristo, deixando para trás o submundo do crime.
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CADEIRA 13 FRANCISCO MANUEL
Lindon Jacson B. dos Santos
Lindon Jacson Barreto dos Santos nasceu em um humilde casebre no Pau da Légua, em Governador Dix-Sept Rosado, no dia 21 de abril de 1985. Desde a infância, sua vida foi marcada por desafios que moldaram seu caráter e suas aspirações. Ele frequentou a educação fundamental na Escola Estadual Dr. Ewerton Dantas Cortéz em Mossoró/RN, onde começou a sonhar com um futuro melhor, apesar das dificuldades.
Prisão e Transformação
Aos 20 anos, em 2006, Lindon foi preso sob a acusação do artigo 121 do Código Penal brasileiro. Essa prisão foi um divisor de águas em sua vida. Após várias passagens pelo sistema prisional, incluindo uma segunda prisão na Paraíba em 2009, ele enfrentou um ciclo de encarceramento que o levou a um profundo desespero.
Redescobrindo a Esperança
Nesse momento sombrio, Lindon decidiu se desconectar da vida criminosa e encontrou na literatura um refúgio. Autores como Castro Alves, Machado de Assis e Visconde de Taunay tornaram-se suas inspirações. Com um lápis grafite em mãos, ele começou a escrever sua primeira obra, "Erradando o Caminho". Desde então, escreveu diversas obras, incluindo "A Lenda da Família Brum", "Pensamentos e Poemas Flutuantes" e "Fala de um Recluso".
Impacto e Luta pela Liberdade
Em 2024, inspirado pelo caso de Ana Sophia, escreveu "4X Covarde", durante sua detenção em uma penitenciária de segurança máxima. A literatura tornou-se sua salvação, permitindo-lhe expressar sua dor e esperanças, enquanto buscava um novo propósito e uma nova razão para viver.
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CADEIRA 14
MALCON X
Igor Mendes
Igor Mendes é um professor e escritor cuja experiência pessoal de encarceramento moldou significativamente sua carreira literária. Ele foi um dos 23 manifestantes processados e presos por sua participação nas manifestações que ocorreram no Brasil entre 2013 e 2014. Sua vivência no cárcere inspirou sua trajetória como autor e suas reflexões sobre a liberdade e a justiça.
Produção Literária
A obra de Igor Mendes é marcada por uma profunda exploração dos temas de encarceramento e liberdade. Seus livros são uma extensão de suas experiências e uma contribuição importante para a literatura contemporânea brasileira.
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"A Pequena Prisão" (2017)
O livro de estreia de Igor Mendes, que aborda suas experiências no cárcere, oferecendo uma visão íntima e crítica sobre a vida no sistema prisional. -
"Esta Indescritível Liberdade" (2020)
Finalista do Prêmio Jabuti, esta obra expande a exploração dos temas de liberdade e encarceramento, refletindo sobre as complexidades e paradoxos da experiência humana em relação à liberdade. -
"Junho Febril" (2023)
Publicado recentemente, este livro continua a investigação dos eventos que marcaram sua vida, oferecendo novas perspectivas sobre as manifestações de 2013 e 2014 e suas repercussões pessoais e sociais.
Contribuições e Impacto
A escrita de Igor Mendes oferece uma visão poderosa e pessoal sobre o sistema prisional e a luta pela liberdade. Seus livros não só refletem sua experiência direta, mas também contribuem para o debate sobre justiça, liberdade e direitos humanos no Brasil.
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CADEIRA 15
FIÓDOR DOSTOIÉVSKI
Weverton Ucelli da Silva
Weverton Ucelli da Silva nasceu em 7 de fevereiro de 1984, na cidade de Vila Velha, Espírito Santo. Desde a infância, enfrentou questões de identidade e pertencimento devido à sua cor de pele. Com uma irmã loira e um irmão branco, frequentemente se via questionado sobre a origem de sua cor, o que despertava em sua alma um profundo sentimento de raiva e confusão.
Infância e Adolescência
Criado em um lar com forte religiosidade, sua família enfrentava dificuldades, mas sempre proporcionou o básico. Proibido de assistir televisão, Weverton buscava refúgio nas casas de tias que moravam em comunidades, onde fez muitas amizades, mas também se deparou com o mundo das drogas e do crime. Aos 16 anos, tornou-se pai de Pedro Henrique, mas as circunstâncias o afastaram do filho, que foi levado para um abrigo devido à situação de vulnerabilidade da mãe.
Encarceramento e Transformação
Em 2006, Weverton foi preso por formação de quadrilha e assalto, e a revolta pela ausência do filho o levou a um caminho de crimes. Após anos de fuga, foi recapturado e enviado ao presídio Lemos Brito em 2020, onde conheceu o Centro Educacional Mario Quintana. Ali, redescobriu sua identidade e o valor da educação. Envolveu-se em atividades culturais, gravou músicas e teve poesias publicadas no livro "Corpo Preso, Mente Livre: Versos e Verbos de um Detento".
Impacto e Reflexão
A trajetória de Weverton Ucelli da Silva é um testemunho poderoso da importância da educação e da oportunidade de recomeço, mesmo diante das maiores adversidades. Sua história inspira esperança e mostra que, independentemente das circunstâncias, é possível encontrar um novo propósito na vida.
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CADEIRA 16
ANTONIO GRAMSCI
Alan Lima
Alan Lima é um autor e palestrante cuja trajetória de vida é marcada por experiências intensas de superação. Nascido em uma pequena cidade no Maranhão, ele enfrentou desde cedo as dificuldades de uma vida humilde. Sua busca por um propósito o levou a se envolver com uma seita religiosa, onde viveu seis anos de abusos físicos e psicológicos. Após deixar a seita, enfrentou mais um desafio: foi injustamente preso por um crime que não cometeu, passando quatro anos encarcerado sem ser ouvido por um juiz.
Produção Literária
A obra de Alan Lima é uma poderosa narrativa de resiliência e superação, refletindo suas experiências de vida. Seus livros abordam temas como liberdade, injustiça e a força do espírito humano diante das adversidades.
"Vozes da Superação" (2022)
Este livro de estreia é um relato íntimo sobre sua vida na seita e suas lutas para recuperar sua identidade e integridade, oferecendo uma visão crítica sobre o controle psicológico e a manipulação emocional.
"Liberdade Reconquistada" (2024)
Nesta obra, Alan compartilha suas experiências no sistema prisional, explorando as dificuldades e os aprendizados que moldaram sua visão sobre justiça e dignidade humana.
Contribuições e Impacto
A escrita de Alan Lima oferece uma perspectiva única sobre a resiliência humana e a luta pela liberdade. Seus livros não apenas refletem sua vivência, mas também contribuem para um debate mais amplo sobre direitos humanos e justiça social no Brasil
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CADEIRA 17
ÂNGELA DAVIS
Gih Trajano
Gisélia de Sá Trajano, conhecida como Gih Trajano, é uma poetisa, slammer, escritora e roteirista nascida em Suzano em 1977. Filha de pais nordestinos migrantes, Gih cresceu em um ambiente de desafios, mas também de resiliência. Durante um período de encarceramento, ela encontrou na poesia e na cultura um meio de expressão e transformação pessoal.
Sua formação em poesia foi realizada através dos saraus promovidos pelo grupo Poetas do Tietê, no estabelecimento prisional onde cumpria pena na virada do século XX. Nesse espaço de exclusão, Gih Trajano teve acesso a produções culturais e descobriu sua vocação como poeta.
Produção Literária
Gih Trajano é conhecida por sua capacidade de transformar experiências pessoais e sociais em obras literárias impactantes. Ela se destacou no slam, uma competição de performances de poesia falada, e trouxe essa marca de oralidade para sua criação literária escrita.
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"Quem Saberá Perder"
Esta pequena narrativa é a primeira criação literária de Gih Trajano na modalidade escrita. A obra ficcionaliza a experiência de Angélica, uma mulher negra e trabalhadora cuja vida muda radicalmente após cometer um crime e ser levada à prisão. O livro reflete as complexidades e desafios enfrentados por mulheres em situações similares.
Contribuições e Impacto
A trajetória de Gih Trajano é um testemunho poderoso do impacto da arte e da literatura como ferramentas de transformação e resistência. Sua capacidade de capturar a oralidade e a experiência pessoal em suas obras oferece uma perspectiva única e essencial sobre a vida e a luta das mulheres em contextos de marginalização.
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CADEIRA 18
MARCO POLO
Edson Souza Júnior
Edson Souza Júnior é um estudante dedicado e apaixonado por explorar as complexidades do mundo através do olhar crítico e analítico que a cadeira de Marco Polo oferece. Ele se destaca por sua curiosidade insaciável e pela busca constante de conhecimento sobre as interações culturais e comerciais que moldaram a história das civilizações.
Áreas de Interesse:
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História das Grandes Navegações: Estudo sobre as expedições que ampliaram os horizontes do mundo conhecido, com foco nas contribuições de Marco Polo.
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Trocas Culturais: Análise das influências mútuas entre Oriente e Ocidente durante a Era das Descobertas.
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Viagens e Relatos de Aventura: Interesse em relatos de viajantes e como suas experiências moldaram percepções sobre diferentes culturas.
Produção Acadêmica:
Edson tem se dedicado à pesquisa e à produção de trabalhos que exploram a relevância histórica de Marco Polo e suas viagens. Seu foco é a importância dos relatos de Polo na compreensão das rotas comerciais e das trocas culturais da época.
Contribuições e Impacto:
A abordagem de Edson traz uma nova luz ao estudo das navegações e do intercâmbio cultural, incentivando debates sobre a relevância desses temas na formação do mundo contemporâneo.
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CADEIRA 19
FIDEL CASTRO
Rumba Gabriel
Antônio Carlos Ferreira Gabriel, conhecido como Rumba Gabriel, é um intelectual e ativista social com uma trajetória marcada por sua dedicação à luta pelos direitos humanos e à cultura popular. Nascido na Favela do Jacarezinho, também chamada de Quilombo Jacaré, ele representa a voz de sua comunidade e das populações marginalizadas.
Formação e Experiência
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Graduação em Direito pela UNISUAM, onde aprofundou seus conhecimentos sobre justiça e cidadania.
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Presidência da Favela do Jacarezinho em duas gestões, eleito democraticamente, reforçando seu papel como líder comunitário.
Produção Literária:
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Obras Publicadas:
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Gotas de Vida, com prefácio de Carlos Drummond de Andrade.
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Zé Favela, que reflete suas experiências e vivências na comunidade.
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Contribuições Culturais
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Compositor da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.
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Ex-presidente da Escola de Samba Unidos do Jacarezinho, contribuindo para a cultura e identidade local.
Atuação em Direitos Humanos:
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Membro da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI.
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Participante do PPDDH – Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.
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Membro da SACERJ e LIDERANÇAS, um grupo de advogados na PUC.
Iniciativas Sociais:
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Fundador do Portal Favelas e Favelas em Movimento, plataformas que promovem a conscientização e combatem desinformações nas comunidades.
Reconhecimento:
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Vencedor do Prêmio de Direitos Humanos João Canuto em 2021, destacando sua contribuição significativa na luta pelos direitos das comunidades vulneráveis.
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CADEIRA Nº 20
CESARE BECCARIA
Cícero Alves de Lima Junior
Cícero Alves de Lima Júnior, de 41 anos, é um exemplo notável de resiliência e superação. Após passar nove anos, quatro meses e vinte e oito dias no Sistema Prisional Alagoano por um crime que não cometeu, ele se tornou uma voz ativa na luta pela educação e ressocialização de reeducandos no Brasil.
Formação Acadêmica e Conquistas
Cícero fez história ao se tornar o primeiro reeducando a se formar em um curso superior dentro de uma unidade prisional em regime fechado no Brasil, obtendo o diploma de Administração Bacharelado. Sua busca por conhecimento não parou por aí; ele também completou duas pós-graduações (MBAs) em Gestão Pública e Liderança e Coaching na Gestão de Pessoas. Durante sua reclusão, publicou um artigo científico intitulado "Educação e Ressocialização no Sistema Prisional", que foi incluído no livro "Educação em Prisões", publicado pela Universidade Federal de Alagoas em dezembro de 2018.
Contribuições Culturais e Sociais
Cícero participou do curta-metragem "Além das Grades", lançado em maio de 2019, que explora a aplicação de técnicas de neurociência no coaching para reeducandos. Esse projeto, chamado Produtivamente, continua em funcionamento, contribuindo para a reintegração social dos participantes.
Em uma cerimônia histórica realizada no Tribunal de Justiça de Alagoas em 30 de abril, ele recebeu seu diploma de conclusão do ensino superior, sendo o primeiro reeducando a alcançar tal feito nas dependências de um tribunal.
Atuação em Direitos Humanos
Com experiência em palestras sobre liderança, motivação, tecnologia, administração penitenciária e execução penal, Cícero se destaca como um coach respeitado. Ele foi presidente do Conselho da Comunidade da Execução Penal da 1ª Vara Regional de Pernambuco de 2022 a 2024, promovendo mudanças significativas nas políticas de execução penal.
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Cadeira nº 21
Wiliam Silva Lima
ABLC
A Cadeira nº 21 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Wiliam Silva Lima, conhecido como "O Professor". Autor do livro 400x1: Uma história do Comando Vermelho, Wiliam narra sua vivência nas cadeias mais notórias do país e como conseguiu sobreviver a esse ambiente brutal. Sua obra revela o nascimento do Comando Vermelho, facção que ainda exerce grande influência nas comunidades e presídios cariocas, além de ser um relato da trajetória de um homem que buscou transformar sua experiência no cárcere em reflexão e aprendizado.
Durante mais de três décadas de prisão, Wiliam foi um dos responsáveis por criar um código de conduta que visava impor respeito entre os presos, combatendo abusos e violência dentro dos presídios. Ele foi uma figura central na formação da Falange Vermelha, movimento que, em seus primórdios, estabeleceu normas de convivência no sistema penitenciário. Sua história é também uma reflexão sobre o sistema carcerário, a vida no crime e os anseios de um homem que, apesar de seus crimes, procurou ressignificar sua existência.
No livro 400x1, o leitor tem acesso, além do relato impactante sobre o sistema penitenciário, a poesias compostas por Wiliam durante seus anos de encarceramento. Ele faleceu em 1º de agosto de 2019, após cumprir pena por crimes como assaltos a banco, extorsão e sequestro, com uma condenação total de 95 anos e seis meses de prisão.

Cadeira nº 22
Carlos Marighella
ABLC
A Cadeira nº 22 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Carlos Marighella, um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira (1964–1985). Em 1965, após passar três meses preso, Marighella publicou o livro Por Que Resisti à Prisão, uma forte denúncia contra o regime ditatorial. A obra refletia suas convicções políticas e sua determinação em enfrentar a repressão.
Marighella foi cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização revolucionária que se destacou na resistência armada. Considerado o inimigo "número um" do regime militar, sua figura tornou-se um símbolo da resistência à opressão. Em novembro de 1969, Carlos Marighella foi assassinado em uma emboscada organizada por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), deixando um legado de luta e resistência. Sua trajetória e seu compromisso com a liberdade e a justiça continuam a inspirar aqueles que buscam um Brasil mais democrático e justo.

Cadeira nº 23
Luís Carlos Prestes
ABLC
A Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Luís Carlos Prestes, uma das figuras políticas mais influentes do Brasil no século XX. Militante comunista, Prestes ficou conhecido principalmente por liderar a famosa Coluna Prestes, um movimento que percorreu o Brasil durante a década de 1920, desafiando o regime vigente na época e ganhando grande notoriedade nacional.
Durante os anos de prisão entre 1936 e 1945, Prestes escreveu cerca de 900 cartas, documentos e textos, muitos dos quais se tornaram livros posteriormente. Sua produção intelectual reflete suas convicções políticas e a luta por um Brasil mais justo e igualitário. Prestes é lembrado como uma figura fundamental na história do país, sendo reconhecido por sua coragem e dedicação à causa comunista, além de sua capacidade de liderança e resistência frente à repressão. Seu legado permanece vivo, tanto na memória política brasileira quanto na literatura produzida durante seu tempo de encarceramento.
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Cadeira nº 24
Huey P. Newton
ABLC
A Cadeira nº 24 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Huey P. Newton, revolucionário norte-americano e co-fundador dos Panteras Negras, uma organização política que lutava pela igualdade racial nos Estados Unidos. Nascido em 17 de fevereiro de 1942, em Monroe, Louisiana, Newton se tornou uma das figuras mais influentes do movimento negro nas décadas de 1960 e 1970.
Boa parte de sua autobiografia, que retrata o período em que esteve preso, e outros escritos de sua autoria foram produzidos enquanto estava encarcerado. Newton também escreveu sobre a questão prisional em sua obra Suicídio Revolucionário: O Caminho da Libertação (Revolutionary Suicide: The Way of Liberation), onde abordou a luta pela liberdade, os desafios da resistência política e os aspectos da opressão no sistema carcerário.
Em 1966, juntamente com Bobby Seale, Huey P. Newton fundou os Panteras Negras na Califórnia, uma organização voltada para a defesa dos direitos dos negros e a luta contra a violência policial e o racismo sistêmico. A trajetória de Newton é um marco na história dos movimentos sociais e na busca por justiça racial. Ele faleceu em 22 de agosto de 1989, mas seu legado e seus escritos continuam a inspirar movimentos de resistência e a luta pela liberdade e igualdade.

Cadeira nº 25
Frei Tito
ABLC
A Cadeira nº 25 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Frei Tito de Alencar Lima, um frade católico e símbolo da resistência contra a repressão da ditadura militar brasileira. Nascido em Fortaleza, em 14 de setembro de 1945, Frei Tito foi alvo de perseguição política após sua participação em um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1968. A partir de então, passou a ser fichado e perseguido pela polícia do regime militar.
Durante seu período de prisão, Frei Tito foi brutalmente torturado, e foi em meio a esse sofrimento que escreveu sobre as atrocidades que vivia no cárcere. Seus relatos se tornaram um poderoso símbolo da luta pelos direitos humanos, e sua trajetória foi investigada pela Comissão da Verdade, instituída para apurar os crimes da ditadura militar, incluindo mortes e desaparecimentos forçados.
Em dezembro de 1970, após ser trocado por prisioneiros políticos na troca mediada pelo embaixador suíço Giovanni Bucher, Frei Tito foi banido do Brasil e se exilou no Chile. Perseguido novamente, fugiu para a Itália e, em seguida, para Paris, onde recebeu apoio da comunidade dominicana. Apesar do apoio, o trauma causado pelas torturas foi profundo, e Frei Tito submeteu-se a tratamento psiquiátrico. Em 10 de agosto de 1974, ainda marcado pela dor e pelo sofrimento, cometeu suicídio.
Frei Tito permanece como uma figura emblemática na história da resistência brasileira e na luta pelos direitos humanos, sendo lembrado por sua coragem, dignidade e sua denúncia incansável contra a opressão.

Cadeira nº 26
Gregório Bezerra
ABLC
A Cadeira nº 26 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Gregório Lourenço Bezerra, um destacado dirigente comunista brasileiro e militante do PCB. Nascido em Panelas, Pernambuco, em 13 de março de 1900, Bezerra teve uma trajetória marcada pela luta política, sendo um dos principais envolvidos nos Levantes da Ação Nacional Libertadora (ANL). Atuou como deputado constituinte em 1946 e se destacou como um feroz opositor da Ditadura Militar Brasileira.
Parte significativa de seus escritos foi realizada durante o período em que esteve privado de sua liberdade. Entre suas obras, destaca-se o livro Memórias, publicado em duas partes pela Editora Civilização Brasileira em 1979 e 1980. No livro, Gregório compartilha suas vivências e reflexões sobre sua militância política e os tempos difíceis que enfrentou.
Em suas últimas declarações, Bezerra expressou o desejo de ser lembrado como o homem que foi amigo das crianças, dos pobres e excluídos, e que foi amado e respeitado pelas massas exploradas e sofridas, ao mesmo tempo em que era odiado e temido pelos capitalistas e pelas ditaduras fascistas. Sua luta e seu legado como um dos maiores opositores ao regime militar e defensor dos direitos dos mais desfavorecidos continuam a inspirar gerações. Gregório Bezerra faleceu em São Paulo em 21 de outubro de 1983, mas seu nome permanece vinculado à resistência e à defesa das liberdades fundamentais no Brasil.
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Cadeira nº 27
Alípio Cristiano de F.
ABLC
A Cadeira nº 27 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Alípio Cristiano de Freitas, um incansável militante da causa da libertação dos povos. Nascido em Bragança, Trás-os-Montes, Portugal, e criado em Vinhais, Alípio foi padre e revolucionário. Sua trajetória no Brasil se deu como jornalista, promotor e dirigente de diversos movimentos sociais e associações cívicas.
Ordenado padre em 1952, Alípio se deslocou para o Brasil, onde atuou como pároco no Maranhão, e ficou conhecido por muitos como "Padre Alípio". Teve papel de destaque na liderança das Ligas Camponesas na década de 1960, onde assumiu a função de instrutor político e secretário-geral da organização. Foi também responsável pelo jornal A Liga, um veículo de comunicação das Ligas Camponesas, que lutavam contra as injustiças sociais e pela melhoria das condições dos trabalhadores rurais.
Em 1970, Alípio foi preso pelo regime militar-fascista, passando quase dez anos encarcerado em diversas prisões e enfrentando as mais brutais torturas sem jamais se dobrar. Sua resistência heroica e sua recusa em ceder à repressão o tornaram uma figura emblemática na luta pela liberdade e pelos direitos humanos no Brasil. Em 1979, após ser libertado, saiu da prisão como apátrida e, pouco tempo depois, escreveu o livro Resistir é Preciso, relatando sua experiência e a importância da resistência frente à opressão.
Alípio faleceu em 13 de junho de 2017, em Lisboa, aos 88 anos de idade, deixando um legado de coragem, resistência e compromisso com as causas sociais e a liberdade dos povos. Ele também é lembrado como o pai da cantora brasileira Luanda Cozetti. Sua vida e militância seguem como um exemplo de luta intransigente contra a injustiça.

Cadeira nº 28
Miguel Hernández
ABLC
A Cadeira nº 28 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Miguel Hernández, um dos maiores poetas e dramaturgos da Espanha. Nascido em Orihuela, Alicante, em 30 de outubro de 1910, Hernández veio de uma família pobre e teve acesso limitado à educação formal. No entanto, sua paixão pela literatura e pela poesia o levou a publicar seu primeiro livro aos 23 anos, rapidamente ganhando reconhecimento por sua obra sensível e profunda.
Durante a Guerra Civil Espanhola, Hernández se alistou no exército republicano e, após a vitória do regime fascista de Francisco Franco, foi preso. Foi nesse período de encarceramento que escreveu sua série de poemas intitulada Cancionero y Romancero de Ausencias, uma obra que reflete as dores da separação, da perda e da opressão política, tornada um símbolo da resistência à tirania.
Apesar de sua curta vida, que terminou prematuramente em 28 de março de 1942, Miguel Hernández deixou um legado literário notável. Seus versos expressam não apenas o sofrimento pessoal, mas também uma profunda luta pela liberdade e pela justiça social. Sua obra permanece uma das mais importantes do século XX espanhol, sendo a voz de uma geração que se levantou contra a repressão e a ditadura.

Cadeira nº 29
Moniz Bandeira
ABLC
A Cadeira nº 29 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, historiador, cientista político e professor universitário brasileiro, especialista em política exterior do Brasil. Nascido em Salvador em 1935, Moniz Bandeira foi um importante estudioso das relações internacionais, especialmente entre Brasil, Estados Unidos e Argentina.
Durante a ditadura militar, foi preso injustamente, e boa parte de sua obra Presença dos Estados Unidos no Brasil foi escrita enquanto estava na cadeia. O livro, lançado em 1973, se tornou um clássico sobre as relações Brasil-EUA e influenciou sua libertação. Moniz Bandeira também escreveu O Ano Vermelho – Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil e continuou suas atividades literárias e de pesquisa, mesmo em período de repressão. Além de ser autor de diversas obras, também foi cônsul honorário do Brasil em Heidelberg, onde se radicou até sua morte em 2017.

Cadeira nº 30
Pagu (Patrícia Galvão)
ABLC
A Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Patrícia Rehder Galvão, mais conhecida como Pagu, uma das figuras mais emblemáticas do modernismo e da militância política no Brasil. Nascida em São João da Boa Vista, em 9 de junho de 1910, Pagu foi uma escritora, poetisa, jornalista, tradutora, desenhista, cartunista e, acima de tudo, uma incansável militante comunista.
Embora tenha sido apenas uma criança durante a Semana de Arte Moderna de 1922, Pagu teve um papel fundamental no movimento modernista e no desenvolvimento da cultura brasileira. Em 1931, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e se envolveu ativamente na luta política, sendo presa pela primeira vez após participar da organização de uma greve de estivadores em Santos, ainda sob o governo de Getúlio Vargas. Ao longo de sua vida, foi presa 23 vezes por motivações políticas.
Durante o período entre 1936 e 1940, enquanto estava encarcerada, Pagu escreveu Até Onde Chega a Sonda: Escritos Prisionais, uma obra que revela suas vivências no cárcere e seus pensamentos sobre a luta, a repressão e a resistência. Essa obra reflete não só a dor da privação de liberdade, mas também a força de sua militância e de suas convicções políticas.
Pagu foi uma mulher à frente de seu tempo, que, além de seu legado literário, se destacou como uma figura de resistência política. Em 1933, partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. No mesmo ano, publicou seu romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo, que é uma das mais importantes obras da literatura modernista brasileira.
Patrícia Galvão faleceu em 12 de dezembro de 1962, mas sua obra e sua luta permanecem como um marco no movimento literário e político do Brasil, sendo lembrada como uma das grandes vozes femininas da resistência e da modernidade.

Cadeira nº 31
Rosa Luxemburgo
ABLC
A Cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Rosa Luxemburgo, filósofa e economista marxista polonês-alemã, uma das figuras mais emblemáticas da militância revolucionária do século XX. Nascida em 5 de março de 1871, em Zamość, Polônia, Rosa tornou-se mundialmente conhecida por sua atuação na Social-Democracia da Polônia, no Partido Social-Democrata da Alemanha e no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha, sempre em defesa das ideias socialistas e da luta dos trabalhadores.
Em 1905, Rosa se mudou para Varsóvia com o objetivo de apoiar o levante revolucionário russo, sendo presa por três meses e ameaçada com a pena de morte. Esse período de prisão não impediu seu engajamento político e intelectual. Durante seu encarceramento, escreveu o livro Greve de Massas, Partido e Sindicatos, uma obra que se tornaria fundamental para entender a teoria da greve das massas, que Rosa defendia como o principal instrumento de luta revolucionária do proletariado.
Em 1906, Rosa começou a defender a greve das massas como uma forma de mobilização popular capaz de transformar a sociedade. Sua linha de pensamento, que gerou intensas discussões no Partido Social-Democrata da Alemanha, foi controversa, recebendo a oposição de líderes como August Bebel e Karl Kautsky. Seu radicalismo e sua postura de combate à opressão lhe valeram o apelido de "Rosa Sangrenta".
Luxemburgo continuou a ser uma das principais vozes da revolução socialista até sua morte em 15 de janeiro de 1919, quando foi assassinada em Berlim, durante os levantes de trabalhadores da Revolução Alemã. Seu legado como teórica marxista e militante revolucionária permanece vivo, e suas ideias continuam a influenciar movimentos políticos e sociais em busca de justiça e igualdade.

Cadeira nº 32
Lenin
ABLC
A Cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido pelo pseudônimo Lenin, o maior líder da Revolução Bolchevique e uma das figuras mais influentes na história do socialismo e do movimento comunista. Nascido em 22 de abril de 1870, na cidade de Simbirsk, na Rússia, Lenin se destacou como revolucionário, político e teórico marxista, desempenhando um papel fundamental na criação do Estado Soviético e no desenvolvimento da teoria revolucionária socialista.
Lenin passou longos períodos no exílio e na prisão, durante os quais escreveu obras de grande importância para a teoria comunista. Em 1908, ele viveu brevemente em Londres, onde utilizou a Sala de Leitura do Museu Britânico para escrever "Materialismo e Empiriocriticismo", uma crítica feroz ao relativismo e às ideias de Alexander Bogdanov, a quem acusava de promover uma "falsidade reacionária burguesa". Esse foi apenas um exemplo de como Lenin utilizou seus anos de cárcere e exílio para desenvolver uma vasta produção teórica e política.
Além de "Materialismo e Empiriocriticismo", Lenin escreveu diversos outros textos fundamentais, como "O Estado e a Revolução", onde discute as doutrinas marxistas sobre o Estado e as tarefas do proletariado na revolução, e "Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo", uma crítica à tendência de radicalismo imaturo dentro dos movimentos de esquerda. Também abordou o imperialismo em sua obra "Imperialismo, Estágio Superior do Capitalismo", onde descreve a evolução do capitalismo e sua conexão com o imperialismo como fase última do sistema capitalista.
Lenin foi o líder que conduziu a Revolução de Outubro de 1917, estabelecendo o regime soviético na Rússia e criando a base para a União Soviética, onde atuou como chefe de governo até sua morte em 1924. Seu legado teórico e político permanece vivo, sendo uma referência crucial para o movimento socialista e revolucionário em todo o mundo.
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Cadeira nº 33
Ho Chi Minh
ABLC
A Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Ho Chi Minh, líder da resistência vietnamita contra o colonialismo francês e norte-americano. Revolucionário, político, escritor e poeta, Ho Chi Minh também foi presidente e primeiro-ministro do Vietnã do Norte. Conhecido como Tio Ho, ele desempenhou um papel crucial na luta pela independência do Vietnã e na construção do socialismo no país.
Durante seus períodos de prisão, escreveu diversos textos, incluindo "O Diário da Prisão", uma coletânea de seus escritos enquanto esteve encarcerado pelo colonialismo francês. Ele também publicou "O Caminho que me Levou ao Leninismo", uma autobiografia intelectual, e "A Resistência Vencerá!", destacando seu compromisso com a luta anti-colonial. Seu legado como líder e teórico socialista continua a inspirar movimentos de resistência e emancipação em todo o mundo.

Cadeira nº 34
Lima Barreto
ABLC
A Cadeira nº 34 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Afonso Henriques de Lima Barreto, um dos maiores escritores brasileiros. Nascido no Rio de Janeiro em 1881, Lima Barreto foi jornalista e autor de romances, crônicas, sátiras e contos, abordando temas como as desigualdades sociais e o preconceito racial.
Durante sua vida, passou por momentos difíceis, incluindo uma conturbada internação no Hospício Nacional dos Alienados, entre 1919 e 1920, que foi retratada em Diário do Hospício. A obra, organizada por Francisco de Assis Barbosa, descreve sua experiência no manicômio e reflete a luta interna de Barreto contra as adversidades de sua saúde mental e as injustiças sociais que vivenciava.
Lima Barreto foi filho de uma família com origens humildes e, ao longo de sua vida, lutou contra as barreiras impostas pela sociedade. Sua obra, marcada por um olhar crítico sobre as instituições e a sociedade carioca, permanece relevante até hoje.

Cadeira nº 35
Darcy Ribeiro
ABLC
A Cadeira nº 35 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Darcy Ribeiro, um dos maiores intelectuais brasileiros. Nascido em Montes Claros em 1922, Darcy foi antropólogo, sociólogo, historiador, escritor e político. Conhecido por seu trabalho com os povos indígenas e suas contribuições para a educação no Brasil, também teve grande influência sobre a identidade latino-americana.
Durante a ditadura militar, Darcy Ribeiro foi preso por nove meses, período em que manteve um diário, com trechos publicados em livros posteriores. Seu principal trabalho, O Povo Brasileiro, lançado em 1995, é uma obra fundamental que discute a formação cultural e étnica do Brasil, sendo um desafio intelectual que demorou 30 anos para ser concluído.
Além de sua produção acadêmica, Darcy Ribeiro foi Ministro da Educação e implementou reformas educacionais no Brasil, o que o levou a atuar em outros países latino-americanos. Sua luta pela educação e pela identidade cultural da América Latina continua a ser um legado relevante. Ele foi homenageado com o título de "Herói Nacional" em 2024, quando teve seu nome inscrito no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.
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Cadeira nº 36
Astrogildo Pereira
ABLC
A Cadeira nº 36 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Astrogildo Pereira, um intelectual, jornalista e político brasileiro. Fundador do Partido Comunista Brasileiro em 1922, Astrogildo foi um ex-anarquista que se destacou pela sua atuação na imprensa operária, escrevendo artigos que informavam e mobilizavam a classe trabalhadora para a luta revolucionária e a organização de greves e congressos de trabalhadores.
Astrogildo também teve grande influência na crítica literária e na formação do pensamento político no Brasil. Sua bibliografia inclui obras como URSS, Itália, Brasil (1934) e Machado de Assis: Ensaios e Apontamentos Avulsos (1959), além de Crítica Impura, Autores e Problemas (1963). Seu trabalho foi essencial para consolidar a imprensa operária e suas ideias continuaram a influenciar a política e a literatura brasileira.

Cadeira nº 37
Jacob Gorender
ABLC
A Cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Jacob Gorender, historiador, escritor e cientista social brasileiro. Nascido em Salvador em 1923, Gorender foi um destacado intelectual marxista e militante do PCB, sendo preso e torturado durante o Regime Militar devido à sua militância política.
Enquanto estava no cárcere, iniciou sua obra mais importante, O Escravismo Colonial, que se tornou um marco na análise da formação social do Brasil. Após ser libertado, Gorender continuou sua investigação sobre a história brasileira, com ênfase no processo de escravidão e nas dinâmicas sociais. Entre suas obras, destacam-se A Burguesia Brasileira (1990), Combate nas Trevas (1987) e Brasil em Preto & Branco (2000).
Além de sua produção acadêmica, Gorender teve um papel crucial na reflexão sobre a escravidão e os direitos humanos no Brasil. Seu legado continua a influenciar o estudo da história social e política do país.

Cadeira nº 38
Kropotkin
ABLC
A Cadeira nº 38 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Piotr Aleksêievitch Kropotkin, um dos principais pensadores do anarquismo e fundador da vertente anarcocomunista. Geógrafo, economista, sociólogo e ativista político russo, Kropotkin foi preso diversas vezes devido às suas ideias revolucionárias.
Em obras como As Prisões e In Russian and French Prisons, Kropotkin analisou o sistema carcerário e as leis penais, argumentando que as prisões não reduziam o crime, mas serviam para manter o poder nas mãos dos capitalistas e do Estado, ao eliminar o pensamento crítico e marginalizar os indivíduos. Para ele, o sistema penal deveria ser abolido por meio de uma revolução anarquista que criaria uma sociedade igualitária e sem opressão.
Kropotkin também escreveu para vários periódicos libertários e suas ideias continuam a influenciar movimentos sociais e a teoria anarquista até os dias de hoje.

Cadeira nº 39
Luís Sepúlveda
ABLC
A Cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a Luís Sepúlveda, romancista, jornalista e ativista político chileno. Sepúlveda foi preso durante o regime de Pinochet no Chile, experiência que influenciou profundamente sua obra, que aborda temas como a repressão política e a luta pela liberdade.
Entre seus livros mais conhecidos estão Crônicas de Pedro Nadie (1969), O Velho Que Lia Romances de Amor (1989), e Patagónia Express (1995), que capturam suas experiências de vida e sua visão crítica da realidade social e política. Sepúlveda também escreveu sobre temas como o amor e a guerra, e sua obra foi amplamente traduzida e premiada. Ele viveu em diversos países, incluindo Espanha, Hamburgo e Paris, deixando um legado literário e político importante.

Cadeira nº 40
Abreu e Lima
ABLC
A Cadeira nº 40 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere é dedicada a José Inácio de Abreu e Lima, um militar, político, jornalista e escritor brasileiro. Nascido em Recife em 1794, Abreu e Lima teve papel destacado nas guerras de independência da América espanhola, sendo um dos generais de Simón Bolívar.
Durante seu período de prisão em Fernando de Noronha, iniciou a monografia Apontamentos sobre a ilha de Fernando de Noronha, na qual analisa as relações sociais e as questões políticas da ilha. Em 1844, retornou a Pernambuco e foi preso novamente, desta vez acusado de envolvimento na Revolta Praieira (1848), episódio sobre o qual existem divergências quanto à sua participação.
Além disso, escreveu a Sinopse ou Dedução Cronológica dos Fatos Mais Notáveis da História do Brasil em 1845, ainda enquanto privado de liberdade. Seu legado como intelectual e militar foi fundamental para a história do Brasil e da América Latina.